Mauro Zaitz
Neste 5784 que se inicia, só posso agradecer pela honra de presidir a Chevra Kadisha de São Paulo no período em que se completam 100 anos de sua fundação. Criada em 7 de Adar de 5683 - 25 de fevereiro de 1923 -, em um século de atuação, a Chevra se modernizou e se adaptou às mudanças socioculturais que impactaram em nosso ishuv, sendo exemplo para as demais comunidades judaicas do Brasil e exterior.
Como instituição que valoriza as boas práticas de gestão, adota o tripé ESG de governança (environment, social, governance, na sigla em inglês), o que enaltece o seu compromisso com a prestação de contas por meio de auditoria contábil independente e autonomia do Conselho Fiscal, cuja eleição é desvinculada da diretoria; a realização de sepultamentos sociais – nenhum judeu deixa de ser enterrado com dignidade por falta de condições financeiras da família; e a preservação do meio ambiente, obtivemos licença ambiental para os cemitérios do Butantã e do Embu, após estudos aprofundados e tendo em vista reconhecido comprometimento ecológico.
No novo ano, vamos aprimorar ainda mais a documentação e as obras de engenharia civil, para dar sequência às benfeitorias nos campos santos. Importante destacar a recente alteração do Estatuto, que qualifica a Chevra juridicamente como organização religiosa, e a instalação de um agradável bosque no cemitério do Butantã, com 100 árvores nativas da Mata Atlântica, entre as quais se destacam mudas de Pitangueira, Ipê Roxo, Pau Brasil, Flamboyant e Aroeira Pimenteira.
Agradeço imensamente a todos que me acompanham nessa jornada: diretores, conselheiros, funcionários e voluntários. São muitas realizações. Que venham mais em 5784 e sejamos todos inscritos no 'Livro da Vida'.
Shaná Tová Umetuká!