Nos 80 anos da libertação de Auschwitz, completados em 27 de janeiro de 2025, é importante destacar a atuação da comunidade judaica paulista para perpetuar a memória dos 6 milhões de judeus vítimas do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

Por iniciativa de diversas entidades, em 1974, foi erguido um monumento no Cemitério Israelita do Butantã, que guarda em seu interior urna com cinzas de mortos no campo de concentração de Majdanek (Polônia). O projeto de Antonio Dan fica na praça central, sendo avistado de várias partes do campo-santo. 

"Tanto o extremado número de mortos como a destruição de comunidades inteiras impediram, depois da guerra, o devido sepultamento judaico. De muitos mortos, famílias inteiras, especialmente na Polônia, não sabemos os nomes. Daí a importância do sepultamento simbólico das cinzas e da construção de monumentos. A memória, neste caso, é não apenas uma forma de lembrar o Holocausto e o extermínio coletivo, mas também de lembrar individualmente cada um dos mortos", escrevem Monica Musatti e Roney Cytrynowicz no livro 'Associação Cemitério Israelita de São Paulo 85 anos'.

Foto: Benjamin Steiner z'l