As primeiras 'Chevrot Kadishot' (irmandades sagradas) surgiram no século 14 na Espanha e na Alemanha com o exclusivo propósito de cuidar dos mortos, conforme a tradição e a lei judaicas e os princípios da 'Guemilut Hassadim' (caridade).
As diversas comunidades judaicas estabelecidas mundo afora possuem a sua organização comunitária fúnebre, que zela pelos rituais religiosos de sepultamento e atua obrigatoriamente sem apelo comercial. Eventuais lucros são destinados às famílias sem condições de arcar com todos os custos de um sepultamento.
A instituição da Chevra Kadisha de São Paulo, em 1923, atendeu à necessidade de profissionalizar a gestão do Cemitério Israelita da Vila Mariana, fundado em 1919. Representantes de três entidades – Comunidade Israelita de São Paulo, Congregação Israelita Askenazi e Synagoga Centro Israelita - decidiram se reunir para constituir a então Sociedade Cemitério Israelita de São Paulo, atual Associação Cemitério Israelita de São Paulo.
"O surgimento da Chevra Kadisha paulista coincidiu com o emergir de outras instituições comunitárias, que efetivamente contribuíram para o estabelecimento de famílias judaicas na capital", afirma o historiador Roney Cytrynowicz, autor, junto com Monica Musatti, do livro “Associação Cemitério Israelita de São Paulo – 85 anos” (ed. Narrativa-Um).
Foto: Claudia Mifano